domingo, 10 de junho de 2007

Tudo caindo aos pedaços!






Parece que a discussão sobre a reforma de templos religiosos está em voga agora. saiu no dia 07 de junho, no Jornal do Commercio, na coluna Opinião, uma discussão sobre a reforma de uma igreja católica que está se deteriorando graças à falta de dinheiro da ordem religiosa responsável, e por conta da ação sempre deficiente do Iphan - que tomba o patrimônio histórico no objetivo de preservá-lo e quase sempre o vê tombar por falta de conservação. Não faz muito tempo, informei aqui o blog sobre a lei Rouanet para restaurar templos religiosos. Tenho que asseverar que sou completamente contra a aplicação de recursos públicos em templos e igrejas sem controle, só a guiza de incentivo fiscal. Mas devo dizer que sou completamente à favor do uso do dinheiro público para restauro de igrejas católicas que tenham sido tombadas como patrimônio histórico federal. Não é novidade que a igreja católica, junto com a iniciativa portuguesa dos descobrimentos, foi fundamental para a "fundação" do Brasil. As suas igrejas, diferente das protestantes em suas várias denominações, participaram da constituição da História Nacional e são documentos vivos de um período em que Estado e Igreja eram um só aqui no Brasil. Outra questão é que quando um patrimônio particular é tombado, pela lei federal, o Estado limita, por diversos dispositivos, o uso e alteração do bem tombado, se responsabilizando, por sua parte, por manter inalteradas as características originais do imóvel tombado. Naturalmente, sem poder fazer intervenções nos imóveis, por proibição da lei, sem a atuaão do Iphan, as ordens religiosas ficam de mãos atadas, sem poder dar novo uso aos espaços, nem muito menos reformá-los por conta própria e da forma que lhes apetece. O impasse é justamente esse. O iphan não faz nada porque não tem recursos. As ordens religiosas não fazem nada por que além de não ter recursos, tem uma série de limitações legais para fazer alterações nos imóveis e assim, perdemos a cada dia, um pedaço de nossa história que cai como reboco velho no chão. A discussão não tem nada a ver com Religião. É uma questão de o país compreender que sua história está se esvaindo dia após dia, por falta de visão, consciência histórica e nacional.

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