Se no rio as
águas se movem alvoroçadas
Com meu
corpo e o e teu no remanso
Meu
pensamento não conhece descanso
Das memórias
que não foram abandonadas!
Ah, alma
insana, em vão pranto deixada!
Só sonhais
os encantos daquela breve jornada!
Eu sou em ti
apenas a lembrança tresloucada
Da terçã que
te deixou, à noite, acordada!
E assim no
transporte leve da madrugada
Acordamos nos
ombros de uma estrada:
De um lado,
vou-me mocho com a alvorada.
Dou outro,
fazes-te de estátua, parada.
E nesse lusco-fusco
da tua cintilante estada,
Passa-se o longo
tempo e não se faz nada.