
Ele não era mais que um morto
e o seu manto desgastado e roto
- uma mortalha velha e desbotada -
era sua paixão, ainda viva e sepultada!
Correra, vivera, amara e não sabia
Hoje porque mesmo morto chorava
Porque mesmo inerte ainda sofria
Por um mal que nunca acabava!
E apertando seu manto ele dizia:
- estrela da manhã, luz luzidia!
Abrandai no meu peito esta agonia
soprai em meu cenho uma alegria!
E não sendo atendido no que pedia
Molhou sua face uma lágrima fria
e no peito o coração que já desvanecia
Calou na noite uma alma que grunhia.
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